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Filme Documentário

 Mães, Filhas e Netas da Revolução” visa abordar o impacto do 25 de abril e da revolução na perspectiva das mulheres residentes na região Oeste de Guimarães, Portugal. Este documentário foca-se especialmente nas áreas de direitos, igualdade de género e progresso social. O 25 de abril de 1974 representou um marco histórico na luta pela liberdade e democracia em Portugal, mas também trouxe consigo mudanças significativas nas perceções e experiências das mulheres.

O problema que o filme documentário pretende abordar é a continuidade das desigualdades de género e a persistência de estereótipos de género, apesar dos avanços alcançados desde a revolução. Embora as mulheres tenham ganho direitos civis e políticos significativos nas últimas décadas, ainda enfrentam desafios em áreas como acesso à educação, igualdade salarial, representação política e participação plena na sociedade. 

A Revolução vista pelas mulheres

Libertas da autoridade dos pais, dos maridos e dos padres, as mulheres continuam a enfrentar uma situação de desigualdade geral em Portugal. Para Silvia Oliveira Vice-Presidente da CAISA e a responsável pelo departamento Social da instituição, refere que as mulheres são mais afectadas pela pobreza do que os homens no seu país (14% contra 13,4%, no limiar de 50% do rendimento mediano equivalente, Eurostat – Dados 2014). De acordo com o projeto “Gender Pay Gap-E”, em 2019, a diferença de remuneração de base entre homens e mulheres era de 14,1%, aumentando para 17,2% se for considerada a remuneração de base mais os prémios regulares e os subsídios de horas extraordinárias. O nível de escolaridade das trabalhadoras é superior ao dos trabalhadores, mas as mulheres estão sobre-representadas em ramos de atividade económica e em profissões menos valorizadas e menos remuneradas, enquanto a situação se inverte nos cargos de gestão.

Para Alberto Fernandes que terá a seu cargo a realização do filme, salienta que a relevância deste filme reside na sua ênfase na defesa dos direitos das mulheres, justiça ambiental e combate à corrupção, temas fundamentais para o Catalyst of Change. Ao destacar as experiências das mulheres em diferentes gerações e contextos sociais, o documentário procura sensibilizar para a importância da igualdade de género e empoderamento das mulheres na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

Ao dar voz a 25 mulheres anónimas de três gerações diferentes, residentes na CSIF Oeste de Guimarães, o projeto pretende capturar as diferentes perspectivas, experiências e desafios enfrentados pelas mulheres ao longo do tempo. Como resultado Silvia Oliveira espera que o documentário ajude a gerar conscientização, promover ações de advocacia e construir coligações para promover os direitos das mulheres, a justiça ambiental e o combate à corrupção a nível local, nacional e internacional. 

Na produção deste filme, a CAISA criou uma equipa multidisciplinar entre técnicos da produção cinematográfica e da área das ciências sociais, conta com o apoio financeiro para a sua produção do projeto Europeu Catalyst of Change sobe a gestão Netherlands Helsinki Committe dos Países Baixos, que é uma organização não governamental que promove os direitos humanos, o Estado de direito e a justiça em todos os países da Europa alargada, incluindo a Europa Oriental, os Balcãs Ocidentais, o Cáucaso e a Ásia Central, bem como a União Europeia e do CCDR Norte. A sua produção iniciou-se em julho de 2024 e a estreia está prevista para o início de 2025. Alberto Fernandes acrescenta que, o objetivo é apresentar este documentário em festivais e outras salas, para isso contamos com a influência da organização que apoia a produção, assim daremos a conhecer a realidade social e cultural destas mulheres que podem ser perfeitamente uma amostra da realidade nacional e uma realidade em muitos Países Europeus.