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Nos dias 21 e 22 de maio de 2025, o Auditório de Delães, em Vila Nova de Famalicão, foi palco do 1.º Congresso Nacional do Luto Perinatal – um encontro inovador em Portugal, dedicado a reconhecer, cuidar e ressignificar a perda gestacional.

Um espaço para ouvir e partilhar!

Organizado na sequência das I Jornadas sobre a Perda Gestacional realizadas em 2024, o congresso reuniu profissionais de saúde, famílias e instituições com o objetivo de dar voz a uma dor frequentemente silenciada e pouco reconhecida socialmente. Durante dois dias, as sessões incluíram apresentações e pósteres de enfermeiros EESMO, psicólogos, terapeutas do luto, ginecologistas-obstetras, advogadas, elementos religiosos e professores universitários, refletindo a multidisciplinaridade necessária para abordar este tema sensível. 

O @amor_de_borboleta, grupo de apoio à parentalidade enlutada da ULS Médio Ave, marcou presença com uma equipa multidisciplinar (enfermeiros, psicólogos, terapeutas, voluntários). Em 2024, o grupo acompanhou cerca de 36 famílias, oferecendo apoio emocional e prático. Destaca‑se a criação de “caixas de memórias” – um instrumento simbólico e terapêutico para honrar os bebés que partiram, numa iniciativa que junta memória, empatia e arte. A Caisa, em parceria com o grupo Amor de Borboleta e o projeto Rebirth, envolveu utentes do Centro de Convívio e voluntários na confecção artesanal de lembranças: peças de roupa, sapatinhos e mantas para os bebés. Estas criações, entregues dentro das “caixas de memórias”, contribuem para humanizar o luto e oferecer um toque de cuidado e presença a cada família.

O congresso trouxe histórias de perdas profundas e demonstrações de acolhimento. Foi tocante assistir à vontade coletiva de construir redes de apoio eficazes, tanto a nível institucional como comunitário. Muitos participantes destacaram a experiência como um convite à empatia e ao compromisso com a dignidade da vida e do luto. Além da presença institucional, a participação da Caisa reforçou o seu foco em trabalhar temas sociais sensíveis e inovadores dentro da saúde pública. O encontro inspirou não só uma apreciação mais profunda do luto perinatal, mas também motivou novas ideias para aprofundar esta parceria.

Agradecemos calorosamente à equipa do Amor de Borboleta, aos utentes e a todas as famílias e profissionais que tornaram este encontro possível. Acreditamos que falar sobre o luto perinatal é cuidar da vida – e estamos empenhados em continuar esta jornada, para que mais famílias encontrem acolhimento, memória e esperança num momento delicado e silenciado. Obrigado a todos os que caminharam connosco neste propósito de cura e memória.

 

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